As quedas em calçadas são um verdadeiro problema de saúde pública. Além do drama que vive cada pessoa que sofre uma queda numa calçada mal cuidada, essa é uma situação que tem impacto negativo para as famílias do acidentado, para os sistemas de saúde e para o ambiente de negócios com danos econômicos difíceis de mensurar em sua plenitude.
Segundo pesquisa realizada pelo IPEA em 2013, mais de 30% dos deslocamentos realizados em áreas urbanas, são feitos a pé e o estudo expõe de forma numérica o drama que todos sabemos que existe e poucos gestores públicos se preocupam em analisar seu impacto na sociedade, que são as quedas ocasionadas por calçadas danificadas. Estima-se que nove pessoas a cada mil habitantes sofram quedas anualmente e os custos médios com essas quedas rondam os R$3.900,00 em valores corrigidos até 2021.
Se aplicarmos este valor apenas para o Município do Rio de Janeiro, teremos um total de mais de 60.000 quedas por ano, a um custo de R$234 milhões, o que equivale de forma conservadora, a quase 120.000 m² de novas calçadas.
Isto se considerarmos apenas o custo médio com despesas médicas, pois se a esse valor acrescentarmos os custos sociais (como a imobilização de pessoas idosas após quedas), o falecimento de acidentados (quedas são responsáveis por 70% das mortes acidentais em pessoas com mais de 75 anos e o risco de morte em um ano em pacientes idosos que ficam acamados devido a quedas chega a 50%), e os valores econômicos para as empresas cujos trabalhadores têm de se ausentar para cuidar de seus familiares acidentados, teremos valores substanciais muito para além das despesas médicas.
Se você ou sua empresa querem contribuir para uma cidade mais acolhedora para os caminhantes, sejam eles idosos, pessoas com dificuldade de locomoção, pessoas com carrinhos de bebê ou quaisquer outros transeuntes, clique aqui e veja como pode participar desta iniciativa.
Com mais cidadãos conscientes, conseguiremos, passo a passo, construir uma cidade melhor para se viver.